Apanhámos um voo doméstico em Lima e, 400 km depois, no sul do país, aterrámos em Nasca, no meio do deserto do mesmo nome.
Éramos esperados por uma guia e um autocarro, que nos levou a uma rápida visita da pequena cidade, situada num oásis. Depois, seguimos para o aeródromo local.
Enfiámo-nos numa pequena avioneta, com mais um casal de japoneses e levantámos voo para ver as chamadas Linhas de Nasca da única maneira possível: lá de cima.
Os desenhos devem datar dos anos 400 a 600 e foram feitos pelos autóctones, talvez para comunicar com os deuses. Alguns desses desenhos têm mais de 200 metros de comprimento e consistem em simples linhas feitas no solo, que se mantiveram todos estes séculos, graças à secura do clima.
O passeio de avioneta demora cerca de 40 minutos e é bem divertido. O piloto inclina o aparelho para o lado direito, para que os passageiros possam ver um desenho e, depois, inclina-o para o lado esquerdo, para que os outros também o vejam. E isto repete-se para vermos o astronauta, o macaco, o condor, a aranha e mais não sei quantos desenhos, incluindo este beija-flor, mesmo junto à famosa estrada Transamericana. Quem enjoa, deve ficar em terra.
Estive lá em maio de 2004.