Já lá estive

Inaugurado em 1913, o Museu Nacional Machado de Castro está situado no Paço episcopal de Coimbra e, depois de estar encerrado para obras, abriu ao público no final de 2012, totalmente remodelado.

O seu acervo é constituído, sobretudo, por peças de várias casas religiosas de Portugal (estátuas, pinturas, joalharia, hábitos, mobiliário, tapeçaria) e confesso que não sou grande fã.

Mas o mais interessante do Museu, na minha opinião, é o criptopórtico sobre o qual se ergueu o Paço episcopal.

Muito bem conservado e recuperado, o criptopórtico de Aeminium vale a viagem até Coimbra.

Estive lá em fevereiro de 2013.

O Parque Natural da Ria Formosa foi criado em 1987 e sofreu melhoramentos importantes em 2009, de tal modo que os três abrigos de onde podemos observar as aves, ainda cheiram a madeira novinha em folha.

O Parque é um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real, ao longo de 60km.

Pode ser visitado de várias maneiras. Escolhemos dar um passeio a pé e tivemos alguma dificuldade em encontrar a entrada no Parque. Fica na Quinta do Marim, depois do porto de Olhão, um pouco abaixo do parque de campismo, mas está muito mal assinalado.

Apesar de estarmos a viver um período de seca, ainda podemos avistar algumas aves, para além dos curiosos caranguejos chamados boca-cava-terra, com uma das pinças muito mais desenvolvida.

Estive lá em outubro de 2012.

Vale a pena dar um salto a este local, onde diversas formações rochosas são uma verdadeira atracção turística.

Lá em baixo, junto ao oceano, existem muitas grutas que podem ser visitadas de barco: cá em cima, junto ao farol, a vista abarca, para a direita, o cabo de S. Vicente e Sagres e, para a esquerda, uma boa parte da costa algarvia.

Estive lá em outubro de 2012.

Com menos de mil habitantes, Alcoutim é uma pequena vila algarvia, fora dos circuitos turísticos, mas que vale bem uma visita.

Debruçada sobre o Guadiana, com Espanha logo ali em frente, a vila permite excelentes vistas do rio.

O que resta do castelo está bem preservado e, lá dentro, podemos visitar um interessante museu arqueológico.

Estive lá em outubro de 2012.

O pequeno castelo do Penedono é um do mais bonitos castelos medievais de Portugal.

A construção inicial será bastante antiga, tanto quanto o ano de 939 mas a configuração actual data do século 14, com reconstruções efectuadas nos anos 40 e 50 do século passado.

Em frente ao castelo, fica a Pousada, onde se podem comer uns excelentes filetes de polvo.

Estive lá em julho de 2009.

Situado no concelho de Tarouca, distrito de Viseu, o Mosteiro de Salzedas data do século 12, embora com muitos acrescentos em séculos posteriores.

Na Idade Média, para se entrar neste Mosteiro, teríamos que pagar uma portagem na Torre da Ucanha e atravessar, depois, a ponte.

Hoje em dia, pagamos 3 euros por uma curta visita guiada ao interior do Mosteiro, em recuperação, incluindo um pequeno museu, inaugurado há 5 meses e que, neste momento, tem uma exposição de tapeçarias pertencentes à Presidência da República.

Estive lá em maio de 2012.

A ponte e a torre de Ucanha, serviam de entrada, com portagem, ao Mosteiro de Salzedas. Para além disso, a torre servia, também, como defesa do Mosteiro e para o armazenamento de produtos.

Situadas no concelho de Tarouca, distrito de Viseu, a ponte, sobre o rio Varosa, e a torre, são raridades medievais. A sua existência já estava documentada no século 12.

Em redor, a paisagem é verdejante, destacando-se os sabugueiros, em flor, nesta época do ano.

Estive lá em maio de 2012.

A 3 km de Vila Real, fica esta Casa de Mateus, datada de meados do século 18 e atribuída ao arquitecto italiano Nicolau Nasoni.

Destaque para a fachada principal e a capela, em estilo barroco.

A Casa de Mateus é um dos poucos palácios nobres que sempre se manteve na posse da família de origem. A visita guiada leva-nos ao salão nobre, à biblioteca, onde vimos um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas e mais meia-dúzia de salas. O resto do palácio permanece no domínio privado.

Os jardins também merecem uma visita.

Estive lá em maio de 2012.

Situada na margem esquerda do Mondego, a Quinta das Lágrimas é outro dos ex-libris de Coimbra.

Os jardins da Quinta evocam memórias do amor proibido de Pedro e Inês, que ficou celebrizado pela Fonte dos Amores (na foto) e a Fonte das Lágrimas. Terá sido nesta quinta que D. Inês foi assassinada.

Para além das fontes, a quinta tem muitas árvores centenárias, nomeadamente uma espectacular figueira da Austrália e uma sequóia, que terá sido plantada pelo Duque de Wellington.

A quinta desenvolve-se em redor de um palácio do século 19 que, em 1995, se transformou num hotel de luxo, da cadeia Relais & Chateaux.

Estive lá, e dormi no quarto Duqe de Wellington, em fevereiro de 2012.

Montemor-o-Velho fica situada na margem direita do Mondego e, em tempos que já lá vão, junto à sua foz. O castelo, situado no cimo de uma colina, domina toda a planície circundante e tinha uma grande importância estratégica para os vários povos que por aí passaram, nomeadamente, os romanos, os visigodos e os muçulmanos.

Em 848, Ramiro I das Astúrias conquistou-o mas, como foi habitual neste tempos, o castelo passou dos cristãos para os muçulmanos e vice-versa, várias vezes, até ficar na posse de Portugal, definitivamente, em 1026, aquando da conquista de Coimbra.

Bem conservado, o castelo tem uma muralha muito extensa, de tal modo que só nos apercebemos da sua verdadeira extensão quando o olhamos de longe, por exemplo, da estrada que se acerca de Montemor.

Estive lá em fevereiro de 2012.